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Outras duas equipes, da mesma escola, foram premiadas nas categorias Design,
com robô mais bonito e Inovação, que premiou a equipe com o melhor processo inovador.
A Etapa Estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) aconteceu no sábado, 27/8, e reuniu cerca de 50 equipes formadas por alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas de todo o estado. Formadas por alunas do Colégio Lassale em Goiânia (duas são ex-alunas), a equipe de garagem Ipêtronic foi premiada em 1º lugar na na categoria geral. As estudantes Sofia Pereira, Rebecca Draschi e Maria Fernanda Nascimento serão as únicas representantes, em seu nível, a disputar a etapa nacional em outubro deste ano em São Bernardo do Campo - SP.
Para o professor Walisson Águas e sócio da Jumper Robótica Educacional, empresa responsável pelas aulas de programação e robótica no Colégio Lassale, a equipe obteve um resultado muito expressivo, graças ao esforço das alunas, que disputam o campeonato desde 2017, quando a equipe foi criada. ¨É muito gratificante acompanhar a evolução das meninas que já receberam prêmios de Inovação, em 2017, Maker em 2018 e 3º lugar geral em 2019. Elas iniciaram seus estudos em programação e robótica no Lassale sob as minhas orientações e hoje, duas delas já estão no ensino médio. Realmente elas vêm crescendo a cada ano, superando obstáculos e atingindo seus objetivos¨, ressalta.
Walisson também é orientador de outras duas equipes formadas por alunos do 6º ao 9º da escola, ambas foram premiadas pela Inovação. A equipe Brainbots (nível 2) com a criação mais inovadora e Melhor Design e a equipe Cybercookies (nível 1) o robô com o acabamento mais sofisticado. ¨As premiações extras que a OBR distribui para equipes que não se classificaram nos três primeiros lugares são muito importantes, uma vez que valorizam o trabalho das crianças. Essa ação, incentiva os alunos a melhorar seus projetos e dessa forma, com disposição para retornarem no ano seguinte com projetos mais avançados e robustos¨, orienta.
Segundo Sofia Pereira, aluna do 9º ano e uma das integrantes da equipe, foi a realização de um sonho estar em primeiro lugar depois de cinco anos participando diretamente da olimpíada. A estudante ressalta que já foram classificadas para a etapa nacional, mas nunca, sendo as únicas representantes de Goiás em seu nível. ¨Programar um robô autônomo e competir com pessoas de todo o estado já é incrível e fica ainda melhor, quando fazemos novas amizades e dançamos juntos (se refere a uma tradição típica da competição). Dessa vez, a responsabilidade é ainda maior, porque somos a única equipe, nível 2, a representar o nosso estado. Vamos nos dedicar ao máximo para a primeira colocação na nacional¨, desabafa.
Aluno do 9º ano, Caio Fidelis, é integrante da equipe ganhadora do prêmio de Inovação, que destaca a equipe que inseriu algum processo inovador de modo a conquistar pontos na competição. Ele fala da experiência e aprendizado com o campeonato. ¨Fomos para a OBR com um robô que não estava pronto, logo o 1º lugar seria mais difícil. Mas isso não tirou nossa motivação, entregamos nosso melhor e conquistamos a 12º colocação. Por isso já valeu a pena, além disso me diverti e até decorei umas coreografias¨, ressalta o estudante.
A competição
A Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) é um evento sem fins lucrativos voltado para o ensino da Robótica e da Inteligência Artificial para estudantes do ensino fundamental, médio e técnico. Na modalidade prática da OBR, disputada na capital, os estudantes tinham a missão de construir e programar um robô para resgatar vítimas, sem interferência humana, em um ambiente hostil e muito perigoso para a saúde do ser humano. Os participantes concorreram nas categorias de melhor robô, melhor programação, prêmio de inovação, prêmio maker, dentre outros, porém, apenas o 1º colocado geral do nível 1 e nível 2 representarão o estado na etapa nacional.
Para Ricardo Franco, professor do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás e representante da OBR no estado, a competição foi um verdadeiro show de criatividade e inovação por parte das equipes. ¨A etapa prática em Goiânia foi realizada para os estudantes e mais importante até mesmo que os resultados da competição, é o alcance do objetivo principal de estímulo à educação juntamente com o ensino de robótica em todo o estado de Goiás¨, completa o professor que também é pesquisador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA).
Cintia Aihara, coordenadora geral da OBR, ressaltou que mesmo durante a pandemia a OBR teve sua continuidade com a modalidade Prática Virtual. Mas avalia que presencialmente, o evento tem mais alegria. ¨A experiência e troca de conhecimentos que acontece durante a competição entre os estudantes é fundamental para que possam desenvolver não só o conhecimento relativo à área da robótica, mas também a capacidade de trabalhar em equipe e lidar com os imprevistos que podem acontecer durante a prova¨, ressalta.
A OBR possui as modalidades Prática e Teórica, que procuram adequar-se tanto ao público de escolas que já têm contato com a robótica educacional quanto ao público que nunca viu robótica. Na etapa Prática a ideia é que os alunos, com a orientação do professor, desenvolve-se um robô para superar diversos tipos de desafios e que no final resgate vítimas (representadas por bolinhas pretas/mortas e prateadas/vivas) para assim ajudar em possíveis desastres.
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